07 fevereiro 2014

De onde vem o preço das coisas?

Essa pergunta é pouco feita, apesar de sua importância. A tendência é achar que a resposta é fácil, mas veremos que não é.


A primeira tentativa de resposta é pela utilidade. Porém sabemos que a água é muito mais útil que o diamante, porém tem um preço muito menor! Como podemos explicar isso? Muitos diriam que a água é abundante enquanto o diamante é escasso.

Porém uma obra de arte também é escassa, uma vez que geralmente é única. Apesar de algumas valerem muito, a maior parte delas não vale quase nada, como você pode perceber visitando uma feira de artesanato. A resposta padrão, nesse caso, seria que muitos podem fazer um artesanato anônimo, mas são necessários anos de estudo, junto com uma pitada de talento e sorte, para se tornar um artista reconhecido.

Mas note que não necessariamente tudo o que é difícil de produzir ou raro é caro. Um exemplo é que é muito difícil um professor de filosofia se formar, por exemplo, porém geralmente ele ganha muito menos do que um advogado, um profissional bem mais comum.

A resposta mais completa é que o preço das coisas geralmente é dado por um fator chamado "custo marginal", que seria a dificuldade encontrada em conseguir mais uma unidade daquele produto que está sendo procurado. Se você quiser comprar um diamante novo o custo marginal de trazê-lo de uma mina africana é muito maior do que de tirar água de um poço. Achar outra obra de arte do Picasso é mais difícil do que achar outro artesanato na feira.

Isso leva a outro fator chamado "reserva de mercado". Quando queremos aumentar o preço de algo tornamos mais difícil o acesso a outras parecidas com ela. Através disso a existência da prova da OAB aumenta o custo de todos os advogados, pois impede que se torne tão fácil formar um novo profissional. Se não existirem bebedouros gratuitos, a água mineral poderá ser vendida mais cara, e por ai vai. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...